Quem precisa de um recomeço? Quem deseja melhoras? Que tal transformar a sua vida no próximo ano?
Confira estas dicas de amiga e passos certeiros. Não lhe prometo que o novo ano será “o melhor”, porém garanto que a vida pode melhorar bastante ao seguir os passos deste artigo (digo por experiência!).

 

Vou lhes contar, 2013 não foi um ano fácil não…

É sine qua non: todo fim de ano nos traz à cabeça um balanço do seu decorrer, uma reflexão sobre o estágio que nossa vida se encontra.

Mais do que natural, isto é essencial. Apenas por meio de reflexões poderemos tomar as devidas atitudes cujas consequências incidirão diretamente sobre o ano que está no porvir.

Talvez alguns de vocês digam: “Não, isso não acontece comigo.” – Sério mesmo? Será que reflexões não lhe vêm ou você as ignora? Bom, independentemente da resposta, cabe parar e pensar. “Ah, mas não tenho tempo para isso…” – Não? Refletir toma tempo? Quem disse que é necessário um retiro num mosteiro zen a fim de matutar sobre sua vida? Por certo seria bom se todos nós pudéssemos nos afastar da rotina e mergulhar em nós mesmos com intensidade. Não sendo isso possível, aqueles pequenos momentos em que a cabeça se encontra no modo automático (uma caminhada até seu lugar de destino, uma espera no ponto de ônibus, um engarrafamento no trânsito, uma ida ao banheiro, etc. e afins) já servirão às deliberações.

O oposto também acontece, há quem engrene em auto-meta-tetra reflexões o tempo inteiro. Há quem pondere tanto ao ponto de perder-se de si, ao cúmulo de dar voltas em torno no cordão e acabar no vazio do umbigo. No Passarinho na Gaiola certa vez escrevi: “Preciso parar-me no pensar. Tenho que pesar o quanto de conhecimento já adquiri, a fim de ver se minha imaginação pausa no frequente (…). Elucubrações tresloucadas empanturram minha mente cansada. Engulo tudo que vejo, vejo tudo que engulo e ainda assim não me curo desta patologia severa: a voracidade desconexa. Perco-me nas noções do exagero, atinjo-me nas ausências de adequações. Onde estou realmente dever-me-ia no estar? Onde sou, eu posso ficar?”. Caso você também se encontre entre as frases desse enxerto autobiográfico, urge a necessidade de pausar e pesar. Por experiência, reflexões focadas em mentes tresloucadas geralmente é tarefa mais árdua do que para àqueles quem não tem o costume de fazê-las.

Enfim…

Assim sendo assim, resolvi dividir com vocês algumas dicas (as quais também serão bem úteis para mim) DESDE QUE realmente as coloquemos em prática. Vamos lá.

Como (re) começar um novo ano – Dicas que realmente funcionam

• Inventarie

Por pior que seu ano tenha parecido ser, houve sim momentos de alegrias, de conquistas, de sorrisos sinceros, de deslumbramentos.

Não pense apenas em “grandes coisas”, nossas vidas são compostas de miudezas. Um pequeno elogio que nos alegrou por semanas, uma mão amiga que apareceu num momento difícil, uma saída com amigos a qual tenha proporcionado 2-3 horas de sorrisos, algo que tenhamos lido, algo que tenhamos observado, algo que tenhamos executado com tanto carinho que, por menor que pareça ser, nos alegra apenas ao pensar.

A meu ver, não há felicidade maciça, há momentos de felicidade. Alegria não é uma constante, é um estado de espírito; não é “ser”, é “estar”. Invejo a ignorância de quem diz “Sou feliz”. Não! Correto seria “Estou feliz”. No final (de quê? Não sei, mas você saberá no momento certo!) basta colocar numa cesta todos os “estou feliz” e então sim poderemos (ou não) dizer: Sou/fui feliz. Entrementes, para tanto, há de se inventariar!

Não deixe momentos alegres passarem despercebidos. Desfrute com intensidade cada um deles e, ao se deitar, repasse os mesmos em sua cabeça. Reviva cada um por pensamento. Assim os próximos “estou feliz” serão cada vez mais intensos!

O que lhe trouxe alegria em 2013? Quantos “estou feliz” você consegue se lembrar? Quantos você deseja para o novo ano? Não precisa responder-me tampouco enumerar, apenas matute.

 

• Pegue os limões

Dentre vários acontecimentos inusitados, alegrias, encontros e projetos iniciados, também enfrentei muitas mazelas. Algumas me acompanham há anos, outras foram surgindo no decorrer dos meses. Algumas eu consegui lidar, outras me paralisaram. Porém, acima de tudo, cada uma delas contribuiu para fortificar a concepção que tenho de mim mesma.

Este é o ponto chave dos infortúnios, todos nos ajudam a construir aprendizados, autoconhecimento e amadurecimento. Por vezes precisamos de algum afastamento temporal a fim de pegar o limão com parcimônia e fazer a limonada, mas acreditem, os períodos difíceis nos ajudam a crescer.

Reflita com real sinceridade sobre os limões que azedaram seus momentos. Não é hora de arrumar culpados nem matutar sobre “Por que eu? Por que comigo?”, nada de autopiedade. Neste momento você será o elo forte da corrente. Apenas reflita acerca do quê tais momentos lhe trouxeram, quer seja em curto quer seja em longo prazo, certamente algo advindo deles mudou para melhor algum aspecto da sua vida. São os típicos casos de “machucar faz crescer”, e faz!

Como você reagiu? Quais atitudes foram tomadas? Qual lição aprendeu? O que faria se acontecesse novamente? Garanto, agora você está mais bem preparado para enfrentar situações parecidas.

 

• Perdoe

Após pensar sobre o tópico acima, vem um passo crucial: perdoar.

Perdoe aos erros alheios, perdoe ao universo e, principalmente, perdoe aos seus próprios erros.

Mas perdoe com todas as suas forças, perdoe aos berros, perdoe em escrita, perdoe em silêncio. Uma boa dica é criar um ponto marco, por exemplo: Um mergulho de perdão, uma carta de perdão, um acordar de perdão.

Culpas e remoço são fardos pesados. Livre-se deles e comece seu ano com leveza.

 

• Tome nota

Crie o costume de carregar consigo um pequeno bloquinho, daqueles que possam ser encaixados até no bolso.

Grandes ideias nos vêm sem aviso prévio, muitas delas se perdem ao vento caso não as registremos.

Ademais, não apenas de ideias “megalômicas” são feitos os bloquinhos. Pequenos pensamentos, desejos, elogios recebidos, lembretes, falas de pessoas desconhecias que passaram pelo nosso caminho e nos vem aos ouvidos, trechos lidos, e até mesmo xingamentos compõem o conteúdo. Digo-lhes de coração, descontar no bloquinho já nos traz grande alívio!

Anote sem pudores, escreva sem filtros.

Frases e/ou palavras soltas, por vezes desconexas e aparentemente sem conteúdo, guardam em si grande potencial de vir a ser. Vir a ser um poema, vir a ser uma atitude, vir a ser um projeto.

Contudo, para tanto, retire um momento a fim de reler suas anotações, quer seja uma vez ao dia, uma vez por semana, uma vez ao mês, RELEIA. Não apenas bons projetos podem emergir, boas risadas também estarão latentes nos escritos.

Bloquinhos me acompanham desde que por gente me entendo (ainda não sei o quão gente sou, mas sinto que estou chegando lá…). Tenho um baú recheado de bloquinhos guardados por anos a fio. Releio sempre que idéias me faltam e/ou uma saudosa curiosidade vem bater.

Um aviso: bloquinhos viciam! Quando criamos o costume e um pensamento insurge, mas o bloquinho não está ao alcance das mãos, duas coisas podem acontecer: 1- Sentimos a necessidade de anotar em qualquer lugar: num guardanapo, numa embalagem de algo jogada na bolsa, e/ou até mesmo nas pernas! (já fiz isso…) 2-Ficamos frustrados, jogamos o pensamento pro alto e, geralmente, ele não volta a cair tão cedo…

Ah, é claro, arrume uma pequena caneta ou lápis o qual possa ser acoplado ou amarrado ao bloquinho, pior do que não ter onde anotar é não ter com o que anotar.

 

• Desapegue

Inevitavelmente associamos objetos à determinados momentos de nossas vidas. Por vezes isso é bom, mas em sua maioria tais objetos se transmutam em percalços, em amarras as quais nos impedem de seguir para frente ou para trás.

Faça uma varredura em suas coisas, não pense muito, apenas deixe-as ir. Não usa? Não lhe faz bem? Traz-lhe lembranças doídas? Let it go!

Você terminou um relacionamento árduo cuja lembrança até hoje lhe causa dores? Desapegue! Comece pelas coisas que lhe fazem lembrar do mesmo. Presentes antigos, artigos simbólicos, lugares simbólicos, músicas simbólicas. Jogue tudo numa caixa, lacre e, caso você não consiga se livrar por conta própria, peça ajuda de um amigo ou parente. Será dolorido no início, porém logo vem o alívio.

Você ganhou alguns quilinhos e ainda guarda roupas antigas como uma forma de “lembrete”? Isso faz mal ao ego! Não estou dizendo para deixar de fazer uma dieta caso você queira. Apenas ressalto que provar aquela calça apertada pode acabar com seu dia! Ademais, pense em quão bom será ver as roupas que atualmente lhe cabem enlanguescendo SE seu intuito for emagrecer.

Há algo em seu guarda roupas acumulando teias de aranha? Doe! Se você não usou nos últimos seis meses, é pouco provável que voltará a usar nos seis meses seguintes.

Uma boa opção na atual conjuntura é juntar tudo que não cabe mais na sua vida e doar aos desabrigados pelas torrenciais chuvas. Apenas aqui no ES há cerca de 45 mil pessoas precisando daquilo que você não usa e/ou que lhe faz mal. Quer saber como doar? Acesse o Sou ES aqui.

Além de objetos, também costumamos nos apegar a lugares, a hábitos, a rotinas. Pense: isto me faz bem? Se a resposta for negativa, pare! Dar murro em ponta de faca machuca!

Desapegue, deixe ir, abra espaço para que o novo possa entrar!

 

• Recicle e Renove-se

Pequenas mudanças tanto na aparência quanto no lugar que nos circunda trazem novos ares e acarretam novas percepções. Nada melhor do que iniciar um novo ano com um novo look e/ou uma nova arrumação na sua casa e/ou ambiente de trabalho.

Tais mudanças vão além do que aparentam, elas encerram em si marcos de recomeço.

Mude a disposição dos móveis, compre um novo objeto de decoração, enfeite sua mesa com um vaso de flores, troque a cor ou o corte de cabelo, experimente uma nova combinação de roupa, treine uma nova maquiagem, assista novos filmes, escute novas bandas, leia os livros não lidos de sua estante.

 

• Xô zona de conforto

Este tópico pode ser encarado como uma extensão do anterior.

Inove, renove, teste o novo!

Novamente lhes digo, não é necessário ser algo “grandioso”, várias miudezas trazem resultados mais significativos do que apenas uma “grande mudança”.

Mude seu percurso até o trabalho/faculdade/escola, mude a padaria que costuma comprar pão, inclua algo novo no seu cardápio, vá àquele barzinho que sempre teve curiosidade de ir, mude o restaurante. Não precisam ser mudanças perenes, apenas se dê a chance de testar! E assim vá evoluindo, teste frequentar novos lugares, conhecer novas pessoas, se dê a liberdade de dançar conforme a SUA música.

Está com vontade? Faça!
Tem medo? FAÇA!

A cada pequena saída de nossa zona de conforto criamos mais força e coragem para enfrentar o novo e, quem sabe, se apaixonar por algo que outrora nos amedrontava.

 

• Não desperdice oportunidades

Às vezes uma grande oportunidade vem vestida de um simples convite.

Oportunidade de quê? Não sei, porém você saberá se aceitar.

Saia do mundo virtual, a internet facilitou nossas vidas, porém esfriou os relacionamentos. Vivencias online não suprem o tête-à-tête. Diga sim mais vezes, aceite mais vezes, experimente mais vezes.

O mundo acontece fora de casa.

 

• Pense mais nos outros, pense no mundo

Novamente, não estou discorrendo acerca de grandiosidades. Melhoramos o mundo com pequenas ações. Desde amassar o papel de bala e jogar na bolsa até que encontre uma lixeira, passando pelo bom dia no elevador até aos trabalhos comunitários, faça o seu possível.

Kant resumiu tudo que poderíamos escrever em apenas uma frase, o imperativo categórico: Aja apenas segundo a máxima que você gostaria de ver transformada em lei universal.

Ou ainda podemos resumir ainda mais: seja gentil para com o que lhe circunda. O que é bom, quando despejado, sempre nos volta multiplicado (leve o tempo que for, volta!).

 

• Pense mais em você

Este tópico pode parecer antagônico ao anterior, mas acredite, não é. O corre corre cotidiano e a preocupação demasiada com “o que os outros irão pensar” acabam por nos fazer ignorar nossos próprios desejos e necessidades. Não digo acerca das necessidades biológicas de sobrevivência, falo daquilo que realmente queremos, mas ignoramos; falo das vontades deixadas para trás por medo do julgamento alheio.

Sei que pode ser difícil para alguns, porém tente com afinco retirar momentos para você, momentos os quais sejam só seus. Pode ser um banho bem demorado, um escalda pés, uma ida ao shopping/museu/sebo, um retiro. Podem ser apenas 5 minutos do seu dia, 5 minutos SEUS.

 

• Arrume uma nova paixão

Apaixonamo-nos a todo momento, algumas paixões acabam em minutos, outras perduram por uma vida. Por “paixão” entenda bem além de amores físicos (é claro que, se couber na sua vida, um novo amor também será bem vindo), paixões também dizem respeito a gostos, hábitos, tarefas…

Nas ultimas semanas arrumei uma nova paixão e lhes digo, foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos. O nome dela é Penny, ela deve ter por volta de 3 meses, olhos azuis, a barriguinha mais gostosa do mundo e neste momento está deitada exatamente ao lado do teclado que vos escreve. Ela apareceu fortuitamente, numa madrugada chuvosa, entre alguns entulhos da varanda aqui de casa. Chegou de mansinho, magrinha, amedrontada e pedindo carinho. Esta gatinha conquistou-me tanto que já não imagino meus dias sem ela.

Gente, uma nova paixão faz tão bem!

Teste, procure, frequente, saia de casa. Uma hora sua nova paixão aparecerá seja em formato de gente, de bicho, de coisa, de lugar, de atividade ou…

 

• Comece agora!

Não espere a segunda-feira-que-nunca-chega para começar. Também não é necessário praticar todos estes tópicos de uma só vez. Comece por aquele que você julgue mais fácil e/ou importante.

Acima de tudo e apenas: COMECE!

Espero que as dicas acima lhes ajudem em ao menos um quinhão. Sei que muitas frases parecem clichês distantes, porém são efetivas quando implementadas. Caso alguém aqui passe a adotar alguma das dicas, conte-nos! Caso tenham outras, divida conosco!

 

A Equipe AB agradece imensamente a cada um de vocês e desejamos com verdadeira veemência:
Que 2014 lhes venha com nada menos do que o melhor!!!

Até ano que vem, gente! (estamos tramando novidades, como dizem por aí: PRE-PA-RA!)
Karina, Lina e Fábio (conhecido como Bira)
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