Como superei a transição capilar – Alisamento, Big Chop, Aceitação e Amor Próprio

Confira o depoimento da Aline e saiba como superar a transição capilar, passar pelo Big Chop e enfim aprender a cuidar dos cabelos e a amar os seus cachos – Ela conseguiu, vocês também conseguem! Para tanto, basta…

Como superei a transição capilar Alisamento, Big Chop, Aceitação e Amor Próprio

Olá, meninas!
Essa é a minha primeira vez (espero que de muitas) aqui. Já acompanhava o Acorda, Bonita! e comentava as postagens do blog quando conheci a Karina num grupo do facebook sobre cabelos cacheados e tive a honra de ser convidada pra escrever um pouquinho sobre isso pra vocês.

Bom, acho que vou começar pela minha história capilar. Meu cabelo é cacheado tipo 3A/B. Da infância eu só lembro como era horrível ter que pentear o cabelo pra prender naqueles rabos de cavalo tão esticados que davam dor de cabeça. Até que um dia a minha mãe se cansou do choro e birra diários que eu fazia pra me arrumar pra escola e teve a brilhante ideia de corta-los curtos, tipo Joãozinho. Fiquei com os cabelos curtos até os 14 anos (imaginem só o que é isso quando a gente tá naquela idade de querer namorar e sabe que cabelo comprido é valorizado como símbolo de feminilidade?) quando decidi deixar os cabelos crescerem e ser uma menina cabeluda como as outras do colégio.

O cabelo cresceu, mas eu não tinha a MENOR ideia de como lidar com ele. Infelizmente pra mim naquela época não tinha tanta informação disponível como a gente tem hoje. Pra cada problema capilar basta buscar a solução em um dos inúmeros blogs, comunidades e fóruns da internet. Não era o meu caso na época. Era muito cabelo, era volumoso, chamava atenção, eu não sabia como trata-lo, era uma época em que eu ligava muito para o julgamento das pessoas sobre a minha aparência e principalmente sobre o meu cabelo. A minha única saída foi mantê-lo preso (coitado, ele era inocente de todas as acusações de ser indomável rs).

Como superar a transição capilar: O alisamento e seus problemas

Como superei a transição capilar Alisamento, Big Chop, Aceitação e Amor PróprioFinalmente na minha vida adulta, já na faculdade, eu achei que tinha encontrado a solução de todos os meus problemas e o nome dela era alisamento definitivo. Eu ia ter os cabelos lisos e adeus a todos os problemas que os cabelos cacheados têm (e olá pra todos os problemas do cabelo com química). Eu finalmente ia ser livre, andar com os cabelos soltos e não teria mais com o que me preocupar nessa questão (muitos risos). Foi bom enquanto durou a ilusão.

(“Nooossa mas o teu cabelo era tão bonito!” Era, só que não era meu! :/)

Dentre os problemas do novo cabelo eu posso citar o altíssimo custo de manutenção, não só com o alisamento, mas com todos os cuidados que um cabelo com química requer (reconstruções, cauterizações, hidratações etc.). E apesar de todo o cuidado e investimento tive quedas de cabelo, cabelo elástico, corte químico e todo um rosário de desgraças que podem acontecer com o uso de químicas. Mas isso não era o pior. O pior pra mim foi que perdi a liberdade que tinha e nunca alcancei aquela que achava que ia conquistar. Lavar o cabelo só 2x por semana, quando podia fazer escova (sem ela o cabelo ficava esticado). Acabou banho de praia, piscina e nada de sair na chuva. Eu tinha que organizar meus dias em função da minha disponibilidade de ir ao salão.

E num momento em que eu não estava satisfeita com o meu cabelo liso eis que começo a ver fotos de meninas com cabelos cacheados maravilhosos e pensar que o meu cabelo também podia ser assim. E comecei a ler sobre transição capilar. E comecei a me empoderar em relação ao meu cabelo natural. E decidi que ia largar a química.

Como superar a Transição Capilar – Big Chop: um ato de força e coragem

Como superei a transição capilar Alisamento, Big Chop, Aceitação e Amor PróprioMeninas, não foi fácil. Transição capilar é para as fortes.

Lidar com duas texturas diferentes no cabelo foi uma missão dificílima pra mim. Escovava a raiz e no dia seguinte ela estava tufada e o resto do cabelo esticado. Usei faixas elásticas por um tempo, tentei várias técnicas de texturização (bigudins, bantu knots etc) que não deram certo. Eu me sentia horrorosa. A parte do cabelo natural estava seca e indefinida, a parte alisada estava danificada.

Até que com 6 meses de transição eu mesma picotei o cabelo (porque nenhum cabeleireiro conhecido queria cortar curto com medo de eu me arrepender e colocar a culpa nele). Fui ao salão com o cabelo todo picotado e só pedi pro moço arrumar o estrago.

E assim eu fiz o Big Chop.

Como superar a Transição Capilar – Pesquisas e persistência

Eu só cheguei até aqui, quase um ano após o Big Chop, porque contei com a sororidade (ai que já é a segunda palavra “feminista” que eu uso nesse texto. Me segura, Giovana!) de muitas meninas que passaram pela mesma situação que eu, dispostas a me ajudar nos fóruns da internet ou escrevendo sobre o assunto em Blogs como o Acorda, Bonita!. Com essas meninas eu aprendi muita coisa e consegui superar todas as dificuldades da transição e do cabelo crespo sem sucumbir à química.

Eu aprendi lendo tudo o que encontrava sobre cabelos e testando tudo que me ensinavam (sim, eu sou corajosa) que pra tudo existe solução (mesmo que seja a tesoura, como foi meu caso). E que a gente pode ser feliz com o nosso cabelo, sem ter que apelar pra paliativos que mais prejudicam do que ajudam realmente. Considero a minha missão aqui ajudar vocês, assim como fui ajudada por todas essas meninas maravilhosas.

Como superei a transição capilar antes X depois aline

Bom, pra começar é isso. Gostaria de agradecer a vocês leitoras que tiveram paciência pra ler a minha história, e a Karina que acreditou que eu podia ensinar algo pra vocês, o que eu vou me empenhar pra fazer.

Atualização 08/08/2015 – Vídeo super especial: Como passar pela transição capilar, como tratar alergia no couro cabeludo, detox capilar natural, cosméticos orgânicos, reações à petroderivados, autoestima e muito mais neste bate papo com a especialista em cabelos cacheados Paula Breder!

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Até breve, Aline Coelho
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comments

10 comentários on Como superei a transição capilar – Alisamento, Big Chop, Aceitação e Amor Próprio

  1. Anna Secco
    12 de março de 2015 at 10:33 (3304 dias atrás)

    Caramba, que história de superação e amor próprio.
    Aconteceu algo parecido comigo, quando eu tinha 12 anos fiz luzes e meu cabelo detonou todo, não contente comprei um shampoo tonalizante e taque loiro nele, demorou uns 7 anos para ele voltar ao normal, hoje tenho 24 anos e nem penso em colocar nenhuma química no meu cabelo, as vezes temos que cair para aprender a dar valor a nós mesmas.

    Beijos
    Anna Paula Secco
    Blog da Joanna

    Responder
  2. oceanira
    12 de março de 2015 at 11:44 (3304 dias atrás)

    Nossa!
    Que história sensacional!
    Nunca imaginei que assumir os cabelos cacheados fosse tão libertador!
    Parabéns pelo texto e por dividir a tua experiência!

    Responder
  3. Aline Coelho
    12 de março de 2015 at 11:57 (3304 dias atrás)

    Obrigada, Darlin! Que bom que tu gostaste! Foi escrito com muito carinho e espero que sirva de incentivo pras meninas conseguirem passar por essa fase difícil que é a transição. ^^

    Responder
  4. Maria da Glória Souza Guimarães
    12 de março de 2015 at 23:29 (3304 dias atrás)

    Parabéns pela vitória e parabéns por ajudar a outras pessoas. Ser feliz sozinha não tem graça e isso você sabe, compartilhando o seu caminho para a vitória. Você é linda! Obrigada. Vou aprender a ter coragem com você.

    Responder
  5. Fatima
    13 de março de 2015 at 11:26 (3303 dias atrás)

    Bom dia bonitas,
    Penso que a maioria passou por isso, e ainda passa, quando pequena andava de cabelo preso morrendo de vergonha porque ouvia que meus cabelos eram muito volumosos que precisa fazer relaxamento, mas na adolescência no Brasil parece que todas somos obrigadas a ter cabelo liso ou há o preconceito, até hoje nos trabalhos que tenho e tive, até na Embelleze trabalhei e ouvi isso, ouço que meu cabelo é ruim, que Deus me livre ter uma filha com um cabelo desse pra ficar enchendo de creme, minha filha tem cabelo ruim assim parece com o seu, mães cheias de química, já até ouvi de uma colega de trabalho que tem cabelos lisíssimos e realmente são naturais que quando usa filha bebe começou a crescer o cabelo ondulado ela sentiu vontade de morrer, que pedia a Deus, ela é evangélica, para isso não acontecer com a filha dela, porque era castigo e que a menina só andava de chapéu até o cabelo alisar, minha resposta sempre é “Meu cabelo não é ruim é cacheado, o cabelo da sua filha não é igual ao meu o meu é único, e graças a Deus tenho cabelo cacheado, honra quem eu sou, queria que fosse mais cheio ainda.” Pois quando comecei a trabalhar sucumbir a ideia de reduzir volume, fui a casa de uma amiga que trabalhava com isso e quem indicou, inclusive elogiou o belo cacho, eu é que fui estúpida e imatura e não pensei “Se é bonita pra que liso?”, não esqueço jamais, depois descobri que ela não fez marroquina, mas passou Guanidina. Resultado, meu cabelo hoje é liso embaixo, cacheado em cima e crespo nas pontas, sim, pois, quando criança tinha cabelos tão lisos que minha mãe só conseguia prender com grampos, aos 12 anos cacheou e começou o desespero. No entanto, aos 7 anos uma amiga da minha mãe querendo cachear meu cabelo ainda liso, passou uma pasta branca fortíssima e fedorenta nas franjas que eu tinha, instantaneamente meu cabelo saiu fumaça e caiu, fiquei um mês com o couro cabeludo em carne viva, o cabelo jamais foi o mesmo e depois que cacheou, essa parte onde deveria ser franja é fina e crespa, na verdade queimada, jamais fiz relaxamento, até esse dia deixar essa “amiga” fazer a tal marroquina que não tinha química e alisar a parte mais saudável do cabelo, embaixo da cabeça que é onde o cabelo fica protegido das agressões do ambiente, então é mais brilhoso e bonito. Hoje tenho um cabelo misto com três texturas, mas convivo bem, as vezes nos amamos outras vezes não, ainda não sei porque ele só fica bonito quando está sujo, incrivelmente é assim, vou tentando mudar os produtos pra ver sua adaptação, mas não funciona, só parece hidratado quando fico sem lavar um tempão, mas quando lavo parece vassoura e as partes lisas ficam espichadas e a crespa nem se fala, no topo ainda, frizz não é nada quem me dera fosse esse o problema. Mas hoje não consigo prender molhado, rabo de cavalo de vez em quando, mais no calor, secagem ao natural e aperto só com tecido de algodão para retirar o excesso de umidade. Vou indo, mas com a idade a textura muda mais ainda e com os filhos também. Difícil, mas necessário.

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  6. Caoma
    2 de abril de 2015 at 16:39 (3283 dias atrás)

    Fatima que história incrivel essa sua de um trauma só por causa do seu cabelo. Os adultos de nossa época eram uns doidos e as mulheres de hoje são apenas resultado disso, alisando e acabando com seus cabelos. Sei que é ´difícil mas tem umas que nem precisa
    boa sorte a todas!!
    Aline adoreiii sua história e seu exemplo!! Arrasou!!

    Responder
  7. anne
    5 de maio de 2015 at 17:19 (3250 dias atrás)

    vcs conhecem o Beleza Natural, me indiquem algo, não quero cortar meu cabelo curto, mas queria muito ter cachos.

    Responder
    • Karina Viega
      6 de maio de 2015 at 9:42 (3250 dias atrás)

      anne, não conheço os tratamentos químicos do BN… mas já usei uma linha de tratamento e gostei bastante ^^

      Responder
  8. Juliana
    18 de agosto de 2015 at 21:04 (3145 dias atrás)

    Oi amei a historia do seu cabelo
    Para as meninas q estão em transição tenho um grupo pra ajudar vcs gatinhas tirar as duvidas e outras coisas, é só chamar 7388331798 me chamo juh

    Responder
    • Karina Viega
      19 de agosto de 2015 at 12:59 (3144 dias atrás)

      Obrigada, ju! Vou passar para a Aline ^^

      Responder

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